É a mais pequena das ilhas habitadas do arquipélago, com 64 Km2 de superfície e um comprimento máximo de 9 Km; é também uma das mais montanhosas, com um relevo muito acidentado, de vales profundos e abruptos e cuja maior altitude é o Pico de Fontainhas, de 976 metros. A sua costa é escarpada e forma muitas baías, além de ser também uma das ilhas mais úmidas, o que faz com que seja conhecida como "Ilha das Flores", pela abundância e variedade de espécies existentes.
A ilha só começou a ser realmente povoada a partir de 1620 devido às frequentes erupções do vulcão da Ilha do Fogo, que fica a apenas 20 Km de distância, o que fez com que muitos habitantes dessa ilha se deslocassem para a vizinha Brava, numa fuga que se tornou mais numerosa com a grande erupção de 1680, quando grande parte resolveu estabelecer-se na Brava e não retornar à ilha do Fogo.
A seca foi uma das grandes causas da emigração e, nos finais do Séc. XVIII, baleeiros oriundos dos Estados Unidos, que paravam na ilha para se abastecer, recrutavam homens que tinham fama de bons marinheiros para trabalharem nos navios. Muitos deles acabaram por se estabelecer nos estados Unidos e, juntamente com os emigrantes da Ilha do Fogo, formaram a que é hoje considerada a maior comunidade cabo-verdiana no exterior.
A atividade econômica do passado incluía a extração da urzela, a agricultura e pesca, sendo que as duas últimas perduram até hoje como atividades principais, ao que se junta as remessas de dinheiro dos emigrantes nos Estados Unidos para ajudar os seus familiares em Cabo Verde. Ilha florida e relaxante pelas suas paisagens e vistas, ostenta a notável hospitalidade dos seus habitantes. A riqueza marítima torna-a uma zona piscatória paradisíaca.
Ilha da Brava