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Religião

Os cabo-verdianos são de maioria Católica Romana (mais de 90%). Outras denominações cristãs também estão implantadas em Cabo Verde, com destaque para os protestantes da Igreja do Nazareno e da Igreja Adventista do Sétimo Dia, assim como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mormons), a Congregação Cristã em Cabo Verde, Assembleia de Deus, Testemunhas de Jeová e outros grupos religiosos.

Há pequenas minorias muçulmanas e da Fé Bahá'í. A Igreja Universal do Reino de Deus também tem seguidores em Cabo Verde. A liberdade de religião é garantida pela Constituição e respeitada pelo governo. Há boas relações entre as diversas confissões religiosas.



A evangelização do arquipélago é tão antiga quanto o seu povoamento, pelo que desde o início da sua colonização chegaram a Cabo Verde membros do clero que, a par da função religiosa, lançaram as bases de diversas instituições de ensino, os seminários-liceus, que preparavam jovens tanto para a vida religiosa, como para o funcionalismo público. A religião católica fluía a par das crenças religiosa africanas, que nunca desapareceram, apesar de fortemente proibidas pelo colono. Assim, as atuais manifestações religiosas resultam da adaptação dessas duas vertentes espirituais. O sincretismo religioso está por isso presente nas tradicionais romarias, procissões, festas dos santos populares, tornando esses eventos tão especiais e simultaneamente específicos deste arquipélago que se assume profundamente religioso. Há um grupo de cidadãos que constituem um grupo particular: os Rabelados, que vivem espalhados por algumas localidades da ilha de Santiago. Agrupamse numa comunidade distinta e, até há pouco tempo, rebelavam-se contra toda a forma de poder instituído: não são baptizados, não se casam, não trabalham para o Estado, mas já começaram a a registar os filhos e a deixálos ir à escola, mas continuam a ter firmeza nas suas convicções. Seguem a Bíblia, o Lunário Perpétuo e um Tratado de Medicina que os ajuda em várias questões ligadas à agricultura e à cura, através de plantas medicinais. São profundamente religiosos, estando a oração sempre presente no seu quotidiano.

Todos os fins de semana reúnem-se para rezar e ouvir a leitura bíblica e as pregações feitas pelo chefe da comunidade. Viveram até recentemente de uma forma despojada, em casas feitas de colmo ou ramos de palmeira, seguindo os princípios de simplicidade que guiaram a vida de Jesus Cristo, mas já começaram a construir as suas habitações com outros materiais mais resistentes. Trazem uma cruz de madeira ao peito, pendurada num fio de corda pois, segundo eles, a madeira é um milagre de Deus. Não abraçam facilmente novos hábitos, embora com o tempo se comece a notar alguma flexibilidade de costumes.

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