Como viajar em Cabo Verde
Os transportes mantêm-se como o “calcanhar de Aquiles” do panorama das estruturas de apoio ao movimento de turistas. Durante vários anos dependentes de uma companhia aérea estatal, a TACV-Cabo Verde Airlines, são ainda grandes as carências a nível do transporte interno, minoradas pelo aparecimento, em 2008, da transportadora concorrente Halcyon Air.
Para contrabalançar o custo do transporte aéreo, encontram-se em curso alguns projectos na área de transporte marítimo destinados a eliminar os constrangimentos no domínio do transporte de passageiros e carga que aliciarão, nomeadamente nas ilhas que distem até 2 horas, também para turistas. As Agências de Viagens disponibilizam, em complemento às viagens internacionais, acesso a outras ilhas podendo optar-se pelo “air-pass” de pelo menos 3 viagens internas.
As ligações aéreas internas estão a cargo dos TACV-Cabo Verde Airlines, através dos seus 3 aviões ATR-42 de 46 lugares, para todas as ilhas, com excepção de Santo Antão e Brava onde não existem aeródromos a funcionar, e pela Halcyon Air. Os percursos não excedem os 45 minutos, na distância mais longa.
- Sal > Santiago (Praia): 40 minutos;
- Sal > São Vicente (Mindelo): 40 minutos;
- Sal > Boavista (Rabil): 20 minutos;
- Sal > S. Nicolau (Ribeira Brava): 30 minutos
- Santiago > São Vicente: 45 minutos;
- Santiago > Fogo (Mosteiros): 20 minutos;
- Santiago > Boavista: 30 minutos;
- Santiago > Maio: 15 minutos.
As ilhas de Santo Antão e da Brava não possuem ligações aéreas podendo ser visitadas através de ligações marítimas. Com facilidade (2 vezes por dia) se viaja entre Porto Grande-Mindelo (São Vicente) e Porto Novo (Santo Antão). As ligações marítimas com a ilha da Brava são menos frequentes e partem da ilha do Fogo e de Santiago.
Para além destas existem ligações marítimas entre quase todas as ilhas mas destinadas essencialmente ao transporte de mercadorias.
As maiores dificuldades em viajar de e para Cabo Verde, revelam-se de acordo com a sazonalidade dos fluxos turísticos, apontando-se as épocas altas da Páscoa, meses de Julho/Agosto/Setembro, Natal e Fim do Ano, em oposição aos meses de Maio/Junho/Novembro quando a afluência é menor. A abertura dos céus caboverdeanos, primeiro a voos “charter”, futuramente a voos regulares, eliminará gradualmente estes constrangimentos.
Como deslocar-se no interior das ilhas
Nas principais ilhas (Santiago, São Vicente, Sal, Boavista, Santo Antão) é possível o aluguer de viaturas a um preço razoável existindo diversas empresas no mercado, algumas delas integrando redes internacionais. Numa modalidade mais económica poder-se-á utilizar um "táxi". Os transportes colectivos, por mini-bus, estão disponíveis nas Cidades da Praia (Ilha de Santiago) e do Mindelo (São Vicente).
Numa outra perspectiva, o transporte interurbano de passageiros, servido essencialmente por iniciativa privada informal, funciona satisfatoriamente, respondendo às necessidades da procura local. É praticada por veículos ligeiros de transporte de passageiros com condutor, nas variantes táxi (sem taxímetro, logo ilegais) e carrinhas comerciais, as “hiace” de 15 lugares, ou “pick-up” de caixa aberta, conhecidas por “juvita”.



